quarta-feira, 24 de agosto de 2011

AMY WINEHOUSE PODE TER MORRIDO DE ABSTINÊNCIA, DIZ ESPECIALISTA

Revista VEJA divulga esta semana:



Amy Winehouse durance show da banda The Libertines, em 25 de agosto de 2010 (Ian Gavan/GettyImages)
A tese da morte por abstinência de álcool ganhou força nesta terça-feira, quando o porta-voz da família, Chris Goodman, divulgou os resultados do exame toxicológico feito no sangue e no tecido da cantora. Segundo o comunicado oficiL, não foram encontrados vestígios de droga no organismo de Amy, apenas álcool em quantidade insuficiente para causar a morte, que permanece inexplicada. De acordo com o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, é raro, mas a abstinência pode matar.

"Durante a abstinência, a pressão pode aumentar, a pessoa pode ter taquicardia, tremores, ficar ansiosa, suar frio”, diz Andrade. “O grau máximo da abstinência é chamado de delirium tremens, em que o paciente passa a ter crises convulsivas.” O Delirium tremens pode ocorrer quando uma pessoa interrompe o consumo de álcool depois de beber por muito tempo.

Entre os sintomas, os pacientes podem sentir medo, sofrer alucinações, convulsões, dores no peito, febre e vômito. Em geral, esses sinais aparecem a partir de 72 horas após a retirada total do álcool do organismo. Estudos sugerem, porém, que eles podem ocorrer entre 7 e 10 dias após a última dose ingerida. Depois desse período, os sintomas pioraram progressivamente. “Quando essas pessoas param de beber, acontece um ‘caos químico’ no sistema nervoso central. Além de alucinações e convulsões, o paciente também apresenta alterações no sistema cardiovascular e no sistema respiratório”, diz Ana Cecília Marques. “Antes, o cérebro do paciente havia desenvolvido uma tolerância ao álcool. Sem ele, tudo deixa de funcionar como deveria. A pessoa pode morrer por falência.”

VEJA ON LINE, 23/11/2011.

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