Geralmente, os métodos analíticos envolvem processos como amostragem (coleta das amostras), preparação da amostra (separação da matriz, concentração, fracionamento e, se necessário, derivação) separação, detecção e análise de dados. Estudos mostram que mais de 80 % do tempo de análise é consumido na coleta e preparo da amostra. Isto é necessário, porque muitos instrumentos analíticos não podem analisar as amostras diretamente, além do que a exatidão e precisão das análises dependem igualmente do método empregado para a preparação da amostra e da resolução dos instrumentos.
Diante desses fatos, tem-se buscado o desenvolvimento de técnicas mais rápidas de preparo de amostras, principalmente para a análise de amostras complexas. Além da rapidez, outras características requeridas para um bom método de preparo de amostras são a simplicidade, baixo custo, repetibilidade e ausência de solventes orgânicos.
As técnicas mais comumente utilizadas para extração e/ou pré-concentração de compostos presentes em fluidos biológicos são a extração líquido-líquido e a extração em fase sólida.
Na extração líquido-líquido (ELL) a eficiência depende da afinidade do soluto pelo solvente extrator, da razão das fases e do número de extrações. A escolha adequada do solvente orgânico e o ajuste de pH da amostra são necessários para assegurar uma boa recuperação do analito.
Já a separação líquido-sólido usa sorventes (fase estacionária) contidos em uma pequena coluna aberta - cartuchos de polipropileno - 50 a 500 mg de sorvente, fixado no tubo através de dois filtros. Como por exemplo: C18 (octadecilsilano) – partição; alumina ou polimetilsilano – adsorção; analitos com carga positiva como aminas são retidas por cargas negativas (SCX =strong cation exchanger) – troca iônica; analitos com carga negativa como barbitúricos são retidos por cargas positivas (SAX =strong anion exchanger)- troca iônica.
Essas técnicas convencionais, tais como extração liquido-liquido e extração em fase sólida apresentam como principal desvantagem o alto consumo de solvente orgânico. Assim as tendências atuais apontam no desenvolvimento de técnicas onde o consumo de solventes orgânicos é mínimo. Entre algumas microtécnicas, a microextração em fase liquida (LPME) vem se destacando devido sua simplicidade, baixo custo e a possibilidade de obtenção de altos valores de recuperação.
A pesquisa de novas técnicas de preparação de amostra para a química analítica tendem a desenvolver processos que produzem amostras mais representativas, em menor tempo e com menor tempo e com menor uso de solventes.
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