quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Alcoolemia

            O etanol é uma droga lícita, de baixo custo e fácil acesso, sendo considerada  uma das substâncias psicoativas mais consumidas em todo mundo.  Essa substância pode ser obtida artesanalmente pela fermentação de diversos vegetais ou industrialmente.
            A organização mundial de saúde (OMS) estima que existam dois bilhões de pessoas consumidoras de bebidas alcoólicas e 76,3 milhões com diagnóstico de doenças relacionadas ao uso de álcool.  O consumo de álcool está relacionado com uma variedade de problemas sociais, mentais e de saúde, seja por causa de consumo excessivo, da dependência alcoólica ou de outros efeitos oriundos da sua ingestão.
       A embriaguez, observada na intoxicação aguda pelo álcool, é um poderoso mediador para as consequências nocivas do álcool como, por exemplo, a violência interpessoal, os acidentes de trânsito e as mortes acidentais.
            De forma geral, em vários países, estudos vêm apontando o consumo de bebidas alcoólicas como um dos principais fatores responsáveis pela alta incidência dos acidentes com vítimas. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a utilização de bebidas alcoólicas é responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E metade das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada ao uso do álcool por motoristas. Diante deste cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 (“Lei Seca”) surgiu com uma enorme missão: alertar a sociedade para os perigos do álcool associado à direção.
         Segundo o Departamento de Polícia Rodoviária Federal quem for flagrado sob efeito de álcool (de 0,1mg a 0,29 mg de álcool por litro de ar expelido) é enquadrado no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB): comete infração gravíssima. 
           
           Não há, atualmente, limite considerado “seguro” para dirigir após ingerir bebida alcoólica. A absorção e metabolização do álcool dependem de diversos fatores, como sexo, peso corporal e ingestão de alimentos. É importante ficar atento, pois consumir o equivalente a 1 lata de cerveja, ou 1 taça de vinho, ou 1 dose de cachaça, vodca ou uísque é o bastante para ser multado. Já beber o equivalente a duas ou três doses e dirigir não é apenas infração: é crime de trânsito.


    Notícia: Subsecretário que integrava operação Lei Seca atropela 3. Disponível em: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/subsecretario-que-integrava-operac-o-lei-seca-atropela-3-1.332170 

        Existem vários métodos de detecção de alcoolemia. O mais popular é o teste do etilômetro, vulgarmente conhecido como 'bafômetro', equipamento que identifica presença e quantidade de álcool no organismo a partir da análise do ar expelido pelos pulmões. Outra forma é a análise de sangue em laboratório (alcoolemia).


     O etanol pode ser detectado em diversos fluidos biológicos como consequência de sua alta hidrossolubilidade e cinética de distribuição nos fluidos corpóreos. Porém, a determinação de etanol em sangue é uma das análises mais frequentes  e  importantes realizadas  pelos  laboratórios  de  toxicologia clínica e forense.
          A forma mais usual para a determinação de etanol e compostos relacionados em fluidos biológicos é pela cromatografia gasosa com amostragem por headspace estático associada a detectores de ionização em chama, descrita nos anos 70 do século XX. Uma alternativa mais recente é o emprego de microextração em fase sólida (MEFS) para amostragem e pré-concentração dos analitos, que apresenta como vantagens a inexigibilidade do uso de solventes orgânicos e a possibilidade de automação. A MEFS já foi aplicada para a determinação de etanol em procedimento manual, assim como com a utilização de sistemas automatizados.

          Para mais informações acesse o artigo: Feltraco, L. L.; Antunes, M. V.  and  Linden, R. Determinação de etanol e voláteis relacionados em sangue e fluido oral por microextração em fase sólida em headspace associada à cromatografia gasosa com detector de ionização em chama. Quím. Nova [online]. 2009, vol.32, n.9

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